Ação aconteceu no início da manhã desta terça-feira (18), em Jales (SP).
De acordo com informações da polícia, o homem confessou que armazenava arquivos de pornografia infantil em computadores e disse que usava identidade falsa nas redes sociais para conseguir os materiais. A polícia apreendeu quatro computadores, pen drives, HDs e dezenas de CDs com mais de 1 milhão de arquivos, que serão periciados.
COMO AGIA
A polícia informou que, meses atrás, agentes da inteligência de Rio Preto detectaram atuação suspeita do homem na internet e passaram a monitorá-lo. Os agentes rastrearam que o homem atuava na “deep web”, nome dado a uma espécie de ‘camada’ da internet, onde há a possibilidade de navegar de maneira anônima, permitindo a prática de crimes e dificultando o rastreio dos usuários.
Ele atuava fazendo a função chamada de ‘grooming’, ou seja, se passava por adolescente, aborda crianças e outros menores nas redes sociais, cria um vínculo e os convence para que eles mandem selfies em poses sensuais, sem roupas e com conotação sexual.
”O alvo é suspeito de ter feito isso com cerca de 2000 crianças e adolescentes, atraindo a atenção de órgãos de inteligência de todo o território nacional”, disse a polícia, em nota enviada à imprensa. Ele foi preso em flagrante e permanece à disposição da Justiça.
BLACK DOLPHIN
A operação de hoje é um desdobramento da Operação Black Dolphin, deflagrada pela Polícia Civil de Rio Preto no final do ano passado, quando foram cumpridos, concomitantemente, 220 mandados de busca em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Ao todo, 56 pessoas envolvidas com pedofilia foram presas e um dos alvos apontou que, na deep web, havia uma comunidade onde os criminosos compartilhavam arquivos com pornografia infantil.
SBT Interior