Em fevereiro de 2018, Roni teve seu mandato cassado após um ex-secretário municipal apresentar, em conversa gravada, um suposto pedido do então prefeito para que ele participasse de um esquema para fraudar licitações; mas acabou reconduzido ao cargo por decisão da Justiça. Agora, de acordo com o advogado do prefeito Roni Ferrarezi, o pedido de renúncia foi encaminhado para a Câmara.
O prefeito de Valparaíso/SP, Roni Ferrarezi (PV), decidiu renunciar ao cargo na noite de terça-feira (31). De acordo com o advogado do prefeito, a decisão foi tomada para que ele se dedique mais a medicina, que é sua carreira de formação, por causa da pandemia de coronavírus.
Em fevereiro de 2018, Roni teve seu mandato cassado após um ex-secretário municipal apresentar, em conversa gravada, um suposto pedido do então prefeito para que ele participasse de um esquema para fraudar licitações.
No ano passado, o Tribunal de Justiça decidiu que ele teria que ser reconduzido ao cargo de chefe do Executivo. Na decisão da Justiça, segundo o advogado do prefeito, os desembargadores entenderam que a perícia não conseguiu atestar que a voz era do prefeito, além do áudio da conversa estar fragmentado.
O prefeito assumiu a função, mas pediu afastamento, sem remuneração, três vezes consecutivas.
O pedido de renúncia já foi encaminhado para a Câmara, que informou que até a manhã desta quarta-feira (1º) não havia recebido nada oficialmente.
Denúncia e cassação
A denúncia contra o prefeito Roni Ferrarezi foi feita em novembro de 2017 por um ex-secretário da Indústria e Comércio da atual gestão.
O denunciante apresentou uma gravação feita durante uma suposta conversa que teve com o prefeito, onde teria sido convidado para participar de um esquema para fraudar licitações.
Em um trecho do áudio, que foi exposto no relatório da comissão processante, a conversa seria entre o prefeito o então secretário Edson Jardim Rosa e o chefe de gabinete Gustavo Tonani.
Em uma parte da gravação, a comissão afirma que o prefeito diz para montar uma empresa em nome de outra pessoa, que segundo a denúncia seria um laranja. Em outro trecho exposto no relatório a denúncia cita um esquema para compra e venda de aves que seria intermediado por uma cooperativa.
Ferrarezi acompanhou a sessão e, durante sua defesa, mencionou o fato do perito que analisou o áudio não ter identificado a fala como sendo dele. Depois do pronunciamento do prefeito, os vereadores começaram a votação nominal: oito votaram a favor da cassação e três contra.
FONTE: Informações | g1.globo.com